Este artigo propõe refletir sobre a experiência de uma iniciativa de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança) para a atividade da pesca profissional artesanal em uma Área Marinha Protegida (AMP), a Reserva Extrativista Marinha de Arraial do Cabo, na perspectiva de novas mudanças paradigmáticas da extensão pesqueira, com ênfase em ações interativas para fins de sustentabilidade. Como parte de um projeto de co-gerenciamento para referida AMP, o Projeto Ressurgência, tal iniciativa buscou atender a um dos segmentos mais vulneráveis desse setor de pesca marinha, por possuir o maior contingente e, também, maior autonomia marítima. A integração entre a capacitação e o diagnóstico com a participação dos pescadores realizou-se por meio der uma abordagem na interface entre a Etnociência e a Macroergonomia, com base em uma metodologia interativa que proporcionou a realização de atividades de modo interativo (ou participativo) entre o ensino e a pesquisa.