Revista Ação Ergonômica
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Revista Ação Ergonômica
Artigo de Pesquisa

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A CAPACIDADE LABORAL: Um estudo correlacional com motoristas de ônibus de João Pessoa-PB

N/A

Fernanda Diniz de Sá, Maria de Lourdes Barreto Gomes, Luiz Bueno da Silva

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Resumo

Neste trabalho procurou-se uma correlação entre aspectos relevantes da organização do trabalho e suas implicações na capacidade laboral de motoristas de ônibus de João Pessoa-PB. Em estudo de corte, com um grupo de 15 trabalhadores foram utilizados os instrumentos Work Ability Index, desenvolvido pelo Finnish Institute of Occupational Health e um questionário que contempla aspectos da organização de trabalho. Os dados foram tratados através de estatística descritiva e de testes não-paramétricos de correlação de Spearman, Kendall Tau e Gamma, para α=0,05. Foi observado que os motoristas exercem atividades em um regime de trabalho, que apresenta fortes características do paradigma taylorista- fordista de organização do trabalho. Pôde-se destacar: (1) Verticalização das hierarquias; (2) Falta de autonomia dos trabalhadores; (3) Supervisão do trabalho e (4) Pressão no trabalho. Em 60% dos motoristas a capacidade para o trabalho apresentou-se baixa ou moderada. Observou-se existência de uma correlação negativa significativa (p<α=0,05), entre ICT e idade, tempo de profissão, jornada irregular e advertência precedente. Corroborou-se a hipótese de que mesmo em atividades alheias à realidade industrial, pressupostos da organização de trabalho do paradigma Taylorista/Fordista podem estar presentes. Os principais fatores decorrentes deste tipo de organização apresentaram tendência a deteriorar a capacidade laboral dos motoristas de ônibus.

Abstract

In a transversal survey, it was sought a set of correlations between important aspects of the work organization and some implications in work ability within 15 bus drivers at João Pessoa, Brazil. The instruments were the Work Ability Índex, as developped by the Finnish Institute of Occupational Health and a self-report questionnaire contemplatting aspects of the work organization. Data were treated by descriptive statistics and Spearman, Kendall Tau and Gamma’s non-parametric correlation tests (α=0,05). It was observed that drivers perform their activities down by the Taylor/Ford’s paradigm of work organization. It could be specially underlined: (1) Vertical line hierarchies; (2) Lack of workers’ autonomy; (3) Strong work administrative controls and (4) high pressure in the work. It was noted that 60% of the drivers presented work ability low or moderate. A significant negative correlation was observed between ICT and age, time of profession, irregular shifts and previous disciplinary admonitions. Findings support the hypothesis that non-industrial jobs also featured the presuppositions of the work organization of the Taylor and Ford’s paradigm. Consequently their principal factors evidences a trend of bus drivers' work ability downgrade process.

Keywords

Work, Organization, Work ability
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R. Ação Ergon.

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