TERÁ A ATIVIDADE UM LUGAR NA AVALIAÇÃO DE PERFORMANCE DO SETOR DE SERVIÇOS?
N/A
Mario Cesar Vidal, Helder Pordeus Muniz, Denise Alvarez
Resumo
Este artigo tem como objetivo demonstrar como o estudo da atividade pode contribuir para a avaliação da eficácia e da eficiência dos serviços. Através das contribuições teóri- cas da ergonomia e da ergologia analisamos dois campos empíricos na UFRJ: o Instituto de Física e a enfermaria de Neurocirurgia do Hospital Universitário. Nos dois casos, a avaliação feita pelos órgãos governamentais é baseada fundamentalmente apenas em alguns indicadores quantitativos como o número de artigos publicados e a média de permanência hospitalar. Essa avaliação oficial não apreende os esforços da gestão da variabilidade que são a base essencial da garantia da eficácia e da eficiência. Assim, uma quantidade significativa de “resíduos” da atividade permanece desconhecida e ex- cluída da avaliação. A análise da atividade permite complementar e dar um novo sentido a esses indicadores, construindo um diagnóstico mais preciso sobre as condições con- cretas da produção coletiva dos trabalhadores nos serviços.
Abstract
This paper aims to demonstrate the ways which activity studies contribute to the evalua- tion of efficacy and efficiency of services. Through theoretical contributions from ergo- nomic and ergology, we analyze two empirical fields on UFRJ: the Physics Institute and the neurosurgeon nursery to the Academic Hospital. On both cases, the evaluation exe- cuted by governmental organizations is based only on some quantitative indicators as the number of published articles and the media of spent-time in hospital. This official evalua- tion doesn’t enhance the efforts of variability management which are the essential basis of guarantee, efficacy and efficiency. So, a great amount of “rejects” of activity remain un- known and excluded of evaluation. The activity analysis gives a new sense to these indi- cators, building a more precise diagnosis about concrete conditions of collective produc- tion of workers in service.