Revista Ação Ergonômica
https://revistaacaoergonomica.org/article/doi/10.4322/rae.v13e201803
Revista Ação Ergonômica
Artigo de Pesquisa

A COOPERAÇÃO NO CORTE MECANIZADO DA CANA-DE-AÇÚCAR: UM ESTUDO MULTICASO

COOPERATION IN THE MECHANIZED CUTTING OF SUGARCANE: A MULTICASE STUDY

A COOPERACIÓN EN EL CORTAR MOTORIZADO DESDE EL CAÑA DE AZÚCAR: UNO ESTUDIAR MULTICASO

Lidiane Regina Narimoto, João Alberto Camarotto, Francisco José da Costa Alves

Downloads: 1
Views: 636

Resumo

A mecanização do corte de cana-de-açúcar no Brasil tem avançado nos últimos anos e transformado completamente o trabalho no campo. No corte mecanizado, a máquina colhedora opera sempre acompanhada de um veículo de transbordo que recebe a carga, mantendo um sistema de sincronismo para o deslocamento. Esta característica do corte mecanizado pressupõe o estabelecimento de uma relação de cooperação entre o operador da máquina colhedora e o operador do transbordo (tratorista). O objetivo do presente trabalho foi aprofundar o entendimento desta relação de cooperação e seu papel na regulação da carga de trabalho dos operadores de máquinas colhedoras. Como abordagem metodológica, foi utilizada a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) com as seguintes técnicas de pesquisa: observações, filmagens e fotografias, entrevistas abertas e semiestruturadas e a entrevista em autoconfrontação. Foram estudadas frentes de corte de três usinas de açúcar e álcool localizadas na região de Piracicaba/SP. Foi observado que a colheita nessa região se dá, em grande parte, em terrenos com declividade. Embora em teoria não se possa colher mecanicamente em terrenos com declividade superior a 12%, foi observado que todas as usinas alocam as máquinas nesses terrenos e cortam o possível. Uma das estratégias adotadas pelos operadores nestas situações é o equilíbrio da máquina através do seu elevador. Entretanto, o sucesso do corte em terrenos declivosos depende também da relação de cooperação estabelecida com o tratorista dado o risco de acidentes: o operador repousa o elevador sobre o transbordo a fim de garantir maior estabilidade. Além disso, a relação de cooperação é importante, pois facilita diversas tarefas para ambos atores. Da mesma forma, foi observado que ela também pode ser fonte de constrangimento adicional. Conclui-se que a relação de cooperação operador-tratorista é complexa, influenciando diretamente o processo de elaboração de estratégias de regulação e inclusive, suprindo uma limitação técnica da máquina colhedora.

Palavras-chave

Cooperação, Corte Mecanizado, Cana-de-Açúcar, Ergonomia.

Abstract

The mechanization of sugarcane cutting in Brazil has advanced in the last years and completely transformed the work in the field. In the mechanized cut, the harvester always operates accompanied by a transhipment vehicle that receives the load, maintaining a system of synchronism for the displacement. This characteristic of the mechanized cut presupposes the establishment of a cooperative relationship between the operator of the harvester and the operator of the transhipment (tractor). The objective of this work was to deepen the understanding of this cooperative relationship and its role in regulating the workload of the harvester operators. As a methodological approach, it was used the Ergonomic Analysis of Work (AET) with the following research techniques: observations, filming and photographs, open and semi-structured interviews and the interview in self-confrontation. Cutting fronts of three sugar and alcohol mills located in the Piracicaba/SP region were studied. It was observed that the harvest in this region occurs, to a great extent, in terrain with declivity. Although in theory it is not possible to mechanically harvest on slopes higher than 12%, it has been observed that all the plants allocate the machines in these lands and cut as much as possible. One of the strategies adopted by operators in these situations is the balance of the machine through its lift. However, the success of cutting on sloping terrain also depends on the relationship of cooperation established with the tractor driver given the risk of accidents: the operator rests the lift over the transhipment in order to ensure greater stability. In addition, the cooperative relationship is important as it facilitates various tasks for both actors. Likewise, it has been observed that it may also be a source of additional constraint. It is concluded that the operator- tractor cooperation relationship is complex, directly influencing the process of elaboration of regulation strategies and even, providing a technical limitation of the harvester.

Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v13e201803.en

Keywords

Cooperation, Mechanized Cutting, Sugarcane, Ergonomics.

Resumen

La mecanización del corte de caña de azúcar en Brasil ha avanzado en los últimos años Es transformado completamente oh trabajar en el campo. En el cortar motorizado, El máquina segador ópera alguna vez acompañado en uno vehículo en transbordo qué recibir El cargar, acuerdo uno sistema en momento para oh desplazamiento. Es característica del cortar La operación mecanizada presupone el establecimiento de una relación de cooperación entre el operador del máquina cosechadora y el operador de transbordo (conductor del tractor). El objetivo del presente trabajo fue profundizar en la comprensión de esta relación de cooperación y su papel en la regulación de la carga de trabajar del operadores en máquinas cosechadoras. Como acercarse metodológico, él era usado El Análisis Ergonomía del Trabajo (AET) con La siguiente técnicas en buscar: comentarios, rodaje Es fotografías, entrevistas abierto Es semiestructurado Es El entrevista en autoconfrontación. Ellos eran estudió frentes en cortar en tres plantas de energía en azúcar Es alcohol situado en región en Piracicaba/SP. Él era observado qué El cosecha en esto región si desde el, en grande parte, en tierra con pendiente. A pesar de en teoría No si ser propenso a cosechar mecánicamente en tierra con pendiente superior a 12%, él era observado qué todo hacia plantas de energía asignar hacia máquinas en estos aterrizar y cortar tanto como sea posible. Una de las estrategias adoptadas por los operadores en estas situaciones es el equilibrio de la máquina a través de su elevador. Sin embargo, el éxito de la tala de tierras empinado Eso depende también desde el relación en cooperación establecido con oh Conductor de tractor regalado oh riesgo de accidentes: el operador apoya el ascensor sobre el rebosadero para asegurar mayor estabilidad. Además, la relación de cooperación es importante, ya que facilita varias tareas. para ambos actores. Desde el mismo molde, él era observado qué ella también él puede ser fuente en vergüenza adicional. Concluye qué El relación en cooperación operador de tractor Es complejo, que influye directamente en el proceso de desarrollo regulatorio y incluido, superar una limitación técnica desde el máquina segador.

DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v13e201803.es

Palabras clave

Cooperación, Cortar Motorizado, Caña de Azúcar, Ergonomía.

Referências

Abrahão, J. I., Sznelwar, L. I., Silvino, A., Sarmet, M., Pinho, D. L. M. (2009). Introdução à ergonomia: da prática à teoria. São Paulo: Edgard Blücher.

Case. Folheto informativo colhedoras de cana  série  A8000. Recuperado em 2 de maio de 2014, de http://www1.caseih.com/brazil/Products/ColhedoraseColheitadeiras/A8000eA8800/ Documents/Folheto_A8000.pdf

Daniellou, F. (2002). A análise da atividade futura e a concepção de instalações externas. In: Duarte, F. (org.) Ergonomia e projeto na indústria de processo contínuo (pp. 75-83). Rio de Janeiro: COPPE/RJ Lucerna.

Guérin, F., Laville, A., Daniellou,  F.,  Duraffourg  J., Kerguelen, A. (2001). Compreender o trabalho para transformá-lo – a prática da ergonomia. São Paulo: Edgard Blücher.

Magalhães, P. S. G., Baldo, R. F. G., Cerri, D. G. P. (2008). Sistema de sincronismo entre a colhedora de cana-de-açúcar e o veículo de transbordo. Eng. Agríc.,28(2), 274-282.

Maggi, B. (2006). A regulação do processo de trabalho.  In:  Maggi,  B.  Do  agir organizacional: um ponto de vista sobre o trabalho, o bem-estar, a aprendizagem (pp. 107-126). São Paulo: Edgard Blücher.

Narimoto, L. R., Alves, F. J. C., Camarotto, J. A. (2011). A cognição e a cooperação no trabalho: o caso da operação de máquinas colhedoras de cana-de-açúcar. In: Anais do XVIII Simpósio de Engenharia de Produção. Bauru. 

Paradela, T., Simoni, M. De. (1999). Limites da abordagem funcional da cooperação para projeto de trabalho coletivo. In: Anais do XIX ENEGEP. Rio de Janeiro.

Protocolo Agroambiental. (2017). Relatório  safra  2015/2016. Recuperado em 23 de maio de 2017, de http://arquivos.ambiente.sp.gov.br/etanolverde/2017/02/etanol-verde-relatorio-safra-15_16.pdf

Scopinho, R. A., Eid, F., Vian, C. E. F., Silva, P. R. C. (1999). Novas tecnologias e saúde do trabalhador: a mecanização do corte de cana-de-açúcar. Cad. Saúde Pública, 15(1), 147-161.

Wisner, A. (1994). A inteligência no trabalho: textos selecionados de ergonomia. São Paulo: FUNDACENTRO.

6279705aa953954bc20cae92 abergo Articles
Links & Downloads

R. Ação Ergon.

Share this page
Page Sections