Revista Ação Ergonômica
https://revistaacaoergonomica.org/article/doi/10.4322/rae.v14n2.e202003
Revista Ação Ergonômica
Artigo de Pesquisa

ACESSIBILIDADE AOS SURDOS EM AEROPORTOS: UM ESTUDO DE CASO PELO PRISMA DE UMA ABORDAGEM ERGONÔMICA

ACCESSIBILITY FOR THE DEAF AT AIRPORTS: A CASE STUDY THROUGH THE PRISM OF AN ERGONOMIC APPROACH

Monica Holdorf Lopez, Lizandra Garcia Lupi Vergara

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Resumo

A comunicação é a maior barreira de acessibilidade enfrentada pelos surdos, usuário da língua de sinais, em todos os setores e serviços na sociedade. No setor aeroportuário não é diferente, apesar das leis de acessibilidade assegurarem o atendimento em língua de sinais, essa ainda não é uma realidade. Esta pesquisa vem trazer um recorte da dissertação de mestrado da autora, e tem como objetivo apresentar a análise e as soluções levantadas para os problemas de acessibilidade para pessoas surdas, principalmente, no contexto aeroportuário e dos recepcionistas do balcão de informações de um aeroporto localizado no sul do Brasil. Foram utilizadas duas abordagens metodológicas: metodologia baseada na Análise Ergonômica do Trabalho combinada a um modelo teórico descritivo para a análise das situações de atendimento ao público; e levantamento. Constatou-se que, apesar da maioria dos funcionários da Infraero terem feito curso de Libras, o treinamento é rápido e básico e não é suficiente para que o atendente se comunique com o surdo, assim como a demanda de surdos não é grande o suficiente para que haja a prática da língua. Já nas companhias aéreas, a demanda é maior, mas não há treinamento, e quando há é superficial. Os principais problemas no aeroporto ocorrem em situações de imprevisto (atrasos e cancelamentos de voo; troca de portão; painéis com informações equivocadas ou sem acessibilidade; perda de bagagem; mudanças de rota). Ao final, foram feitas recomendações de melhorias, tanto para o atendimento da administradora do aeroporto, quanto para o contexto aeroportuário.

 

Palavras-chave

Acessibilidade, Ergonomia, Pessoas Surdas, LIBRAS, Aeroporto

Abstract

Communication is the biggest accessibility barrier faced by deaf people, sign language users, inall sectors and services in society. It is no different in the airport sector, although accessibility laws ensure service in sign language, this is not yet a reality. This research brings an excerpt from the author's master's thesis, and aims to present the analysis and solutions raised for accessibility problems for deaf people, mainly in the airport context and for receptionists at the information desk at an airport located in southern Brazil. Two methodological approaches were used: methodology based on Ergonomic Work Analysis combined with a descriptive theoretical model for analyzing public service situations; and lifting. It was found that, although the majority of Infraero employees have taken a Libras course, the training is quick and basic and is not enough for the attendant to communicate with deaf people, just as the demand for deaf people is not great enough to there is practice of the language. In airlines, demand is greater, but there is no training, and when there is, it is superficial. The main problems at the airport occur in unforeseen situations (flight delays and cancellations; gate changes; panels with incorrect or inaccessible information; loss of luggage; route changes). In the end, recommendations for improvements were made, both for the airport administrator's service and for the airport context. 

Translated version DOI:  https://doi.org/10.4322/rae.v14n2.e202003.en

Keywords

Accessibility, Ergonomics, Deaf People, POUNDS, Airport

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