A pandemia da COVID-19 fez com que muitas empresas tivessem que recorrer ao trabalho remoto em casa como alternativa para a realização das suas atividades, porém, a mudança brusca e sem o devido planejamento, repercutiu no aumento das demandas de trabalho para os profissionais. Este estudo teve como objetivo investigar as condições de trabalho e o custo humano do trabalho em profissionais de uma instituição que realizavam as atividades de trabalho em home-office no período de pandemia da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa de natureza quantitativa e qualitativa, com realização de entrevistas e aplicação das escalas de Avaliação do Contexto de Trabalho e Avaliação do Custo Humano do Trabalho. As escalas foram respondidas por meio de formulário online e as entrevistas foram conduzidas através de videoconferência, com uso de roteiro semiestruturado. Participaram do estudo 33 funcionários do setor administrativo de uma instituição de ensino. Os resultados evidenciaram a organização do trabalho como principal fator de risco de adoecimento. O custo cognitivo foi o fator mais destacado como consequência do trabalho remoto. Conclui-se que a modalidade de trabalho em home-office, durante a pandemia, exigiu o desenvolvimento de novas habilidades e a adaptação às mudanças no trabalho que favoreceram o aumento da carga mental de trabalho. O estudo foi útil por apontar aspectos de melhoria no contexto de trabalho em home-office.

The COVID-19 pandemic meant that many companies had to resort to remote work from home as an alternative to carrying out their activities, however, the sudden change and without due planning resulted in increased work demands for professionals. This study aimed to investigate the working conditions and the human cost of work in professionals
from an institution who carried out work activities from home during the COVID-19 pandemic. This is quantitative and qualitative research, with interviews carried out and application of the Work Context Assessment and Human Cost of Work assessment scales. The scales were answered using an online form and the interviews were conducted via videoconference, using a semi-structured script. 33 employees from the administrative sector of an educational institution participated in the study. The results showed work organization as the main risk factor for illness. Cognitive cost was the most prominent factor as a consequence of remote work. It is concluded that working from home during the pandemic required the development of new skills and adaptation to changes in work that led to an increase in the mental workload. The study was useful in pointing out aspects of improvement in the context of home-office work.

Translation version DOI:  https://doi.org/10.4322/rae.v14n2.e202008.en