ATIVIDADES DE PODA E RALEIO NA CULTURA DA VIDEIRA: UM ESTUDO SOBRE OS RISCOS OCUPACIONAIS E O USO DE EPI E VESTIMENTAS
PRUNING AND THINNING ACTIVITIES IN GRAPE CULTIVATION: A STUDY ON OCCUPATIONAL RISKS AND THE USE OF PPE AND CLOTHING
ACTIVIDADES DE PODA Y RALEIO N / A CULTURA DESDE ENREDADERA : UNO ESTUDIAR EN TÚ RIESGOS OCUPACIONAL Y EL USO DE EPI Y ROPA
Bruno Fagner Santos Sousa, Rosiane Pereira Alves
Resumo
Nesta pesquisa, realizou-se uma análise ergonômica das atividades laborais de poda e raleio na cultura da videira. Objetivou-se investigar as condições de trabalho com foco nos riscos ocupacionais associados às posturas e movimentos adotados, ao uso de instrumentos de trabalho e de EPIs e vestimentas. Nas atividades de poda e raleio, foi possível observar uma elevação do ritmo de trabalho, o que pode ocasionar distúrbios osteomusculares. Metodologicamente, os dados foram obtidos através de fotografias, filmagens, entrevistas, medições da temperatura e luminosidade, além do levantamento das vestimentas e EPIs. Nos resultados, evidenciou-se a necessidade de correções posturais nas duas atividades, nos membros distais e em todos os outros segmentos corporais devido ao risco acentuado de lesões. Além disso, há a necessidade de mudança no posto de trabalho devido à alta temperatura durante execução. A luminosidade foi suficiente, sendo necessário apenas o uso de proteção para evitar a incidência dos raios solares. Os EPIs fornecem as proteções necessárias para execução das atividades. Portanto, foi possível propor algumas recomendações, como inclusão de pausas, ginástica laboral, substituição dos EPIs desconfortáveis, rodízios entre as atividades, criação do comitê em ergonomia e palestras para que as correções sejam implementadas de forma adequada.
Palavras-chave
Abstract
In this research, was performed an ergonomic analysis of the pruning and thinning work activities in the vine culture. The objective was to investigate the work conditions focusing on the occupational risks associated with the postures and movements adopted, the use of work instruments and EPI and clothing. In pruning and thinning activities, it was possible to observe an increase in the work rhythm, which may cause musculoskeletal disorders. Methodologically, the data were obtained through photographs, filming, interviews, temperature, and light measurements, as well as the survey of clothing and EPI. Results showed the need for postural corrections in both activities, distal limbs, and all other body segments due to the increased risk of injury. In addition, there is a need for change in the workplace due to the high temperature during execution. The brightness was sufficient and only the use of protection was necessary to avoid the incidence of sunlight. EPI provides the necessary protections to perform the activities. Therefore, it was possible to propose some recommendations, such as inclusion of breaks, work gymnastics, substitution of uncomfortable EPI, rotation of activities, creation of the ergonomics committee and lectures so that the corrections can be implemented properly.
Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v15e202103.en
Keywords
Resumen
En esta investigación se realizó un análisis ergonómico de las actividades laborales de poda y raleo en el cultivo de la vid. El objetivo fue investigar las condiciones de trabajo con enfoque en riesgos. ocupacional asociados hacia posturas y movimientos adoptado, hacia usar de instrumentos de trabajar y de EPI y vestidos. En el actividades de poda y adelgazamiento, el era posible observar uno elevación de ritmo de trabajo, que puede provocar trastornos musculoesqueléticos. Metodológicamente, el Los datos se obtuvieron a través de fotografías, filmaciones, entrevistas, mediciones de temperatura y luminosidad, además de la recogida de ropa y EPIs. Los resultados mostraron la necesidad de correcciones posturales en ambas actividades, en los miembros distales y en todas otros segmentos del cuerpo debido al mayor riesgo de lesiones. Además, existe la necesidad Cambio en el puesto de trabajo debido a alta temperatura durante la ejecución. la luminosidad fue suficiente, requiriendo sólo el uso de protección para evitar la incidencia de los rayos solar. Los EPI proporcionan la protección necesaria para realizar las actividades. Por lo tanto, fue posible proponer alguno recomendaciones, como inclusión de se rompe, gimnasia mano de obra, sustitución de EPI incómodos, rotaciones entre actividades, creación del comité en ergonomía y conferencias a qué hacia las correcciones son implementado de adecuadamente.
DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v15e202103.es
Palabras clave
Referencias
Abrahão, J., Sznelwar, L., Silvino, A., Sarmet, M., & Pinho, D. (2009). Introdução a Ergonomia: da prática à teoria (1a ed.). São Paulo: Editora Blücher.
Alves, R. P. (2016). Vestibilidade do sutiã por mulheres ativas no mercado de trabalho. Recife.
Alves, R. P., & Martins, L. B. (2017). Vestibilidade: Transposição teórica e metodológica com base na ABNT NBR 9241-11/210. In Anais do 13º Colóquio de Moda | 10ª Edição Internacional, 2017, Bauru-SP. GT6 - Design e Processos Produtivos em Moda (pp. 1-16). São Paulo: UNESP.
Bezerra, A. L. D., Costa, T. S., Quental, O. B., Assis, E. V., & Sousa, M. N. A. (2012). Exposição Solar: Avaliação do conhecimento e medidas de prevenção dos agricultores. FIEP Bulletin, 82 (Special Edition - Article II).
Brasil. Ministério do Trabalho. (1978). Portaria MTb n. 3.214. NR 17 – Ergonomia. Brasília, DF. 120, 2017.
Couto, H. A., Nicoletti, S. J., & Lech, O. (2007). Gerenciando a LER e os DORT nos tempos atuais. Belo Horizonte: Ergo.
Dul, J., & Weerdmeester, B. (1995). Ergonomics for beginners – A quick reference guide. London: Taylor & Francis.
Garrigou, A., Baldi, I., Le Frious, P., Anselm, R., & Vallier, M. (2010). Ergonomics contribution to chemical risks prevention: An ergotoxicological investigation of the effectiveness of coverall against plant pest risk in viticulture. Applied Ergonomics.
Iida, I., & Buarque, L. (2016). Ergonomia: projeto e produção (3a ed. rev.). São Paulo: Edgard Blücher.
Kroemer, K. H. E., & Grandjean, E. (2008). Manual de Ergonomia - adaptando o trabalho ao homem (Edição ed.). São Paulo: Bookman.
Lima, M. A. C., Sá, I. B., Kiill, L. H. P., Araujo, J. L. P., Borges, R. M. E., Lima Neto, F. P., Doares, J. M., Leão, P. C. S., Silva, P. C. G., Correia, R. C., Silva, A. S., Sá, I. I. S., & Silva, D. F. (2009). Subsídios técnicos para a indicação geográfica de procedência do Vale do Submédio São Francisco: uva de mesa e manga. Embrapa Semiárido. Documentos, 222, 1-55.
Lopes, E. S., Oliveira, F. M., Malinovski, J. R., & Silva, R. H. (2013). Avaliação biomecânica de trabalhadores nas atividades de poda manual e semimecanizada de pinus taeda. Recuperado em 24 de abril de 2018, de https://revistas.ufpr.br/floresta/article/view/26953/20133
Mandelli, F., Berlato, M. A., Tonietto, J., & Bergamaschi, H. (2003). Fenologia da videira na Serra Gaúcha. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, 9(1-2), 129-144.
Martins, C. O. (2001). Ginástica laboral no escritório. Jundiaí (SP): Fontoura.
Mashima, C. H. (2014). Descompactação dos cachos por meio de raleio de bagas da uva fina de mesa Black Star (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Agronomia, UEL.
Mello, L. M. R. de. (2012). Vitivinicultura brasileira: panorama 2011. Bento Gonçalves: EMBRAPA.
Mendes, L. R. (2012). Crise na Europa afeta uvas no Vale do São Francisco. Valor Econômico Online. Recuperado em 26 de maio de 2018, de http://alfonsin.com.br/crise-na-europa-afeta-uvas-no-vale-do-so-francisco
Moura, L. F., & Xavier, A. A. P. (2010). Abordagem sobre a relação entre as condições de trabalho e a legislação quanto ao conforto térmico das vestimentas de trabalho. Recuperado em 29 de abril de 2018, de http://www.revistaespacios.com/a13v34n03/13340307.html
Nachtigall, J. C., & Roberto, S. R. (2005). Sistema de Produção de uva de mesa no norte do Paraná. Sistema de Produção: Embrapa Uva e Vinho, Bento Gonçalves. Recuperado em 28 de maio de 2018, de http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Uva/MesaNorteParana/poda.htm
Peel, M. C., Finlayson, B. L., & McMahon, T. A. (2007). Updated world map of the Köppen-Geiger climate classification. Hydrology and Earth System Sciences, 4(2), 439-473.
Protas, J. F. S., & Camargo, U. A. (2011). Vitivinicultura brasileira: panorama setorial de 2010. Bento Gonçalves: EMBRAPA.
Silva, A. C. C. L. (2016). Fatores de risco e prevalência de queixas musculoesqueléticas entre os técnico-administrativos em Educação: estudo realizado na Universidade Federal de Pernambuco. UFPE, Recife.
Silva, P. C. G., & Coelho, R. C. C. (2010). Caracterização social e econômica da cultura da videira. EMBRAPA Semiárido. Recuperado em 12 de maio de 2018, de sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Uva/CultivodaVideira_2ed/Caracterizaca_social_da_videira.html
Torres, M. G. L., & Pinheiro, F. A. (2009). Impactos da atividade de raleio manual de bagas de uvas na saúde dos trabalhadores. Recuperado em 23 de abril de 2018, de http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2010_tn_stp_116_757_15902.pdf
Vasconcellos, F. H. M. (2006). Avaliação do método da análise ergonômica do trabalho como instrumento de identificação e análise de riscos à segurança e saúde no trabalho (Dissertação de Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFPB.
Wisner, A. (1994). A inteligência do trabalho: textos selecionados de ergonomia. São Paulo: FUNDACENTRO. Tradução: Roberto Leal Ferreira.