MODELO VISUAL DO DESIGN DE INTERAÇÃO NO AMBIENTE DE HOME OFFICE: ESPAÇO FÍSICO, ATIVIDADE E USUÁRIO
VISUAL MODEL OF INTERACTION DESIGN IN THE HOME OFFICE ENVIRONMENT: PHYSICAL SPACE, ACTIVITY, AND USER
MODELO VISUAL DEL DISEÑO DE INTERACCIÓN EN EL ENTORNO HOME OFFICE: ESPACIO FÍSICO, ACTIVIDAD Y USUARIO
Giovana Mara Zugliani Bortolan, Gabriela Botelho Mager, Susana Cristina Domenech, Marcelo Gitirana Gomes Ferreira
Resumo
Com as transformações econômicas, sociais e tecnológicas, novas configurações de trabalho foram adotadas, como o teletrabalho, que consiste em um modelo de trabalho que pode ser realizado em qualquer lugar com o auxílio das tecnologias. Entretanto, com a pandemia do novo coronavírus, esses espaços alternativos foram restringidos exclusivamente para home office. Nesse contexto, o objetivo do estudo consiste em compreender o design de interação no ambiente de home office para propiciar experiências positivas de uso. Por meio de uma revisão bibliográfica, buscou-se identificar quais são os principais aspectos da interação entre o ambiente e os fatores humanos para que seja possível aprimorar a experiência do usuário durante o trabalho. Os resultados deste estudo apresentam um modelo visual do design de interação no ambiente de home offce e os principais aspectos que necessitam ser considerados, ao projetar ou adaptar estes ambientes para o trabalho, de modo que não ocorram interferências ou problemas de saúde física e mental.
Palavras-chave
Abstract
With the economic, social, and technological transformations, new ways of work configurations were adopted, such as teleworking, which consists of a working model that can be performed and anywhere, with the help of technologies. However, with the new coronavirus pandemic, these alternative spaces were restricted exclusively to the home. Thus, the objective of the study is to understand the interaction design in the home office environment to provide positive experiences of use. Through a literature review, we sought to identify which are the main component aspects of the interaction between the physical space and human factors so that it is possible to improve the user experience during work. The results of this study present a visual model of interaction design in the home office environment and the main aspects that need to be considered, when designing or adapting these environments for work, so that interference or physical and mental health problems do not occur.
Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v16e202208.en
Keywords
Resumen
Con las transformaciones económicas, sociales y tecnológicas, se han adoptado nuevas configuraciones de trabajo, como el teletrabajo, que consiste en un modelo de trabajo que se puede llevar a cabo en cualquier lugar con la ayuda de las tecnologías. Sin embargo, con la pandemia del nuevo coronavirus, estos espacios alternativos se restringieron exclusivamente al home office. En este contexto, el objetivo del estudio es comprender el diseño de interacción en el entorno de la oficina en casa para proporcionar experiencias positivas a los usuarios. A través de una revisión bibliográfica se buscó identificar los principales aspectos de la interacción entre el entorno y los factores humanos para que sea posible mejorar la experiencia del usuario durante el trabajo. Los resultados de este estudio presentan un modelo visual del diseño de interacción en el entorno de home office y los principales aspectos que deben tenerse en cuenta a la hora de diseñar o adaptar estos entornos para el trabajo, de forma que no haya interferencias ni problemas de salud física y mental.
DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v16e202208.es
Palabras clave
References
Associação Brasileira de Normas Técnicas. (2020). ABNT NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT.
Aboelmaged, M. G., & Subbaugh, S. M. (2012). Factors influencing perceived productivity of Egyptian teleworkers: An empirical study. Measuring Business Excellence, 16(2), 3-22. http://dx.doi.org/10.1108/13683041211230285
Anderson, A. J., Kaplan, S. A., & Vega, R. P. (2014). The impact of telework on emotional experience: When, and for whom, does telework improve daily affective well-being? European Journal of Work and Organizational Psychology, 24, 882-897. http://dx.doi.org/10.1080/1359432X.2014.966086
Araújo, F. S. (2014). Avaliação da experiência do usuário: Uma proposta para a sistematização do processo de desenvolvimento de produtos (Tese de doutorado). Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Florianópolis.
Bentley, T. A., Teo, S. T. T., McLeod, L., Tan, F., Bosua, R., & Gloet, M. (2016). The role of organizational support in teleworker wellbeing: A sociotechnical systems approach. Applied Ergonomics, 52, 207-215. https://doi.org/10.1016/j.apergo.2015.07.019
Bernstein, D. A., Penner, L. A., Clarke-Stewart, A., & Roy, E. J. (2012). Psychology (9a ed.). Cengage Learning.
Bestetti, M. L. T. (2014). Ambiência: Espaço físico e comportamento. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 17(3), 601-610. https://doi.org/10.1590/1809-9823.2014.13083
Boff, L. H. (2000). Processo cognitivo de trabalho de conhecimento: Um estudo exploratório sobre o uso da informação no ambiente de análise de investimentos (Tese de doutorado). Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Administração, Programa de Pós-Graduação em Administração, Porto Alegre. Recuperado em 20 de agosto de 2020, de https://lume.ufrgs.br/handle/10183/2834
Bouyer, G. C., & Sznelswar, L. I. (2005). Análise cognitiva do processo de trabalho em sistemas complexos de operações. Ciência & Cognição, 4, 2-24. Recuperado em 15 de agosto de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212005000100002&lng=pt&nrm=iso
Charalampous, M., Grant, C. A., Tramontano, C., & Michailidis, E. (2019). Systematically reviewing remote e-workers’ well-being at work: A multidimensional approach. European Journal of Work and Organizational Psychology, 28(1), 51-73. https://doi.org/10.1080/1359432X.2018.1541886
Cho, M. E., & Kim, M. J. (2017). Measurement of user emotion and experience in interaction with space. Journal of Asian Architecture and Building Engineering, 16(1), 99-106. https://doi.org/10.3130/jaabe.16.99
Cole, R. J., Bild, A., & Oliver, A. (2012). The changing context of knowledge-based work: Consequences for comfort, satisfaction, and productivity. Intelligent Buildings International, 4(3), 182–196. https://doi.org/10.1080/17508975.2012.695950
Davis, K. G., et al. (2020). The home office: Ergonomic lessons from the new normal. Ergonomics in Design, 28(4), 4-10. https://doi.org/10.1177/1064804620937907
Dima, A. M., et al. (2019). Sustainable social and individual implications of telework: A new insight into the Romanian labor market. Sustainability, 11(13). https://doi.org/10.3390/su11133506
Dwidienawati, D., et al. (2020). Is your work from home job satisfying? Lessons learned from work from home during COVID-19 outbreak in Indonesia. Journal of the Social Sciences, 48(3), 743-752.
Filardi, F., Castro, R. M. P., & Zanini, M. T. F. (2018). Vantagens e desvantagens do teletrabalho na administração pública: Análise das experiências do Serpro e da Receita Federal. Cadernos EBAPE-BR, 18(1), 28-46. http://dx.doi.org/10.1590/1679-395174605
García-Salirrosas, E. E., & Sánchez-Poma, R. A. (2020). Prevalencia de los trastornos musculoesquelético en docentes universitarios que realizan teletrabajo en tiempos de COVID-19. Health Science. https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.1014
Gibbs, J. (2017). Design de Interiores: Guia útil para estudantes e profissionais. São Paulo: Gustavo Gili.
Godoy, L. de. (2019). Satisfação no Teletrabalho: Construção de um instrumento de avaliação da satisfação de teletrabalhadores (Dissertação de mestrado). Universidade do Estado de Santa Catarina, Centro de Artes, Programa de Pós-Graduação em Design, Florianópolis. Recuperado em 15 de março de 2020, de https://www.udesc.br/arquivos/ceart/id_cpmenu/1229/Dissertacao_Ligia_Godoy_15718415587319_1229.pdf
Godoy, L., & Ferreira, M. G. G. (2019). Diretrizes ergonômicas para o teletrabalho em home-office. In Anais do Congresso Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 13, 5358-5368. http://dx.doi.org/10.5151/ped2018-7.2_ACO_12
González, M. A., Torrano, F., & García-González, G. (2020). Analysis of stress factors for female professors at online universities. International Journal of Environmental Research and Public Health, 17. https://doi.org/10.3390/ijerph17082958
Gurgel, M. (2007). Projetando Espaços: Design de interiores (6a ed.). São Paulo: Senac.
Harrington, S. S., & Walker, B. L. (2004). The effects of ergonomics training on the knowledge, attitudes, and practices of teleworkers. Journal of Safety Research, 35(1), 13-22. https://doi.org/10.1016/j.jsr.2003.07.002
International Labour Organization. (2020). An employers’ guide on working from home in response to the outbreak of COVID-19. Switzerland: ILO. Recuperado em 9 de novembro de 2021, de https://www.ilo.org/wcmsp5/groups/public/---ed_dialogue/---act_emp/documents/publication/wcms_745024.pdf
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2021). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Contínua). Rio de Janeiro: IBGE. Recuperado em 5 de novembro de 2021, de https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2101751
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. (2020). O trabalho remoto e a pandemia: A manutenção do status quo de desigualdade de renda no país. Brasília: IPEA. Recuperado em 5 de fevereiro de 2020, de https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/201217_cc_49_nota_32_teletrabalho.pdf
Ipsen, C., et al. (2021). Six key advantages and disadvantages of working from home in Europe during COVID-19. International Journal of Environmental Research and Public Health, 18(4), 1-18. https://doi.org/10.3390/ijerph18041826
Janneck, M., Jent, S., Weber, P., & Nissen, H. (2020). Ergonomics to go: Designing the mobile workspace. International Journal of Human-Computer Interaction, 34, 1052-1062. https://doi.org/10.1080/10447318.2017.1413057
Jatib, A. (2016, 26 de junho). Information architecture, interaction design & physical spaces. Medium. Recuperado em 18 de agosto de 2020, de https://medium.com/@arieljatib/information-architecture-interaction-design-physical-spaces-f93623ff5f06
Jorge, G. G., & Xavier da Costa, F. C. (2017). Hierarquizando prioridades: Um processo para construir diretrizes projetuais a partir do Perfil de Concerns do usuário. Design & Tecnologia, 7(14), 108-124. https://doi.org/10.23972/det2017iss14pp108-124
Karlen, M. (2010). Planejamento de espaços internos: Com exercícios (3a ed.). Porto Alegre: Bookman.
Kazekami, S. (2020). Mechanisms to improve labor productivity by performing telework. Telecommunications Policy, 44. https://doi.org/10.1016/j.telpol.2019.101868
Kim, J., et al. (2020). Workplace flexibility and worker well-being by gender. Journal of Marriage and Family, 82(3), 892-910. https://doi.org/10.1111/jomf.12633
Larrea-Araujo, C., et al. (2021). Ergonomic risk factors of teleworking in Ecuador during the COVID-19 pandemic: A cross-sectional study. International Journal of Environmental Research and Public Health, 18(10), 2-14. https://doi.org/10.3390/ijerph18105063
Lanutti, J. N. L. (2019). Compreensão dos aspectos emocionais em diferentes cadeiras de rodas: Uma contribuição para o design ergonômico e inclusivo (Tese de doutorado). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação. Recuperado em 8 de novembro de 2021, de https://repositorio.unesp.br/handle/11449/180798
Macêdo, V., Thurler, L., Dias, E. F., & Cavalcanti, M. (2021). A transformação digital nas organizações: Reflexões sobre as competências de um gestor do conhecimento. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, 11, 115–130. https://doi.org/10.22478/ufpb.2236-417X.2021v11nEspecial.57565
Mann, S., & Holdsworth, L. (2003). The psychological impact of teleworking: Stress, emotions, and health. New Technology, Work and Employment, 18(3), 196-211. https://doi.org/10.1111/1468-005X.00121
Maia, M. A. Q., Barbosa, R. R., & Williams, P. (2019). Usabilidade e experiência do usuário de sistemas de informação: Em busca de limites e relações. Ciência da Informação em Revista, 6(3), 34-48. https://doi.org/10.28998/cirev.2019v6n3c
Mariño, S., Silveira, C., Silva, P., & Santos, R. (2019). Hedonomia e Design Emocional: A importância da aparência (requisito estético; funções simbólica e estética) na seleção de um produto pelos usuários. In Congresso Pesquisa e Desenvolvimento em Design, 13, 5180-5193. https://doi.org/10.5151/ped2018-7.1_ACO_19
Miceli, A. (2020). Afinal, qual será o tamanho do home office no pós-pandemia? Depende. Exame. Recuperado em 5 de fevereiro de 2021, de https://exame.com/carreira/afinal-qual-sera-o-tamanho-do-home-office-no-pos-pandemia-depende
Ministério do Trabalho e Previdência. (2018). NR 17: Ergonomia. Recuperado em 8 de novembro de 2021, de https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-17.pdf
Ministério Público do Trabalho. (2020). Nota Técnica 17/2020: do GT nacional covid-19 e do GT nanotecnologia/2020. Recuperado em 8 de novembro de 2021, de https://mpt.mp.br/pgt/noticias/nota-tecnica-n-17-sobre-trabalho-remoto-gt-covid-19-e-gt-nanotecnologia-1.pdf?fbclid=IwAR0qIu5h61T9U4VH-7IxcDmDfNEbXcUATURtUYamM_p7WLnzE0aaHw9q4Uc
Molino, M., et al. (2020). Wellbeing costs of technology use during Covid-19 remote working: An investigation using the Italian translation of the Technostress Creators Scale. Sustainability, 12. https://doi.org/10.3390/su12155911
Montreuil, S., & Lippel, K. (2003). Telework and occupational health: A Quebec empirical study and regulatory implications. Safety Science, 41, 339-358. https://doi.org/10.1016/S0925-7535(02)00042-5
Nielsen, J. (2008). Designing Web Usability: The Practice of Simplicity. Boston, MA: Academic.
O'Neil, T. A., et al. (2009). Predicting teleworker success: An exploration of personality, motivational, situational, and job characteristics. New Technology, Work and Employment, 24(2). https://doi.org/10.1111/j.1468-005X.2009.00225.x
Reddy, S. M., Chakrabarti, D., & Karmakar, S. (2012). Emotion and interior space design: An ergonomic perspective. Work, 41, 1072-1078. http://doi.org/10.3233/WOR-2012-0284-1072
Rogers, Y., Sharp, H., & Preece, J. (2013). Design de interação: Além da interação humano-computador. Porto Alegre: Bookman.
Santos, T. M. M. (2012). Ergonomia no Design de Vestuário de Trabalho: Da percepção do designer à sua aplicação através da Ergonomia Kansei (Tese de doutorado). Universidade Técnica de Lisboa, Faculdade de Motricidade Humana. Recuperado em 15 de março de 2020, de http://hdl.handle.net/10400.5/5485
Salvi, N. C., Merino, E. A. D., & Fialho, F. A. P. (2016). Ergonomia e design de emoção no desenvolvimento de vestuário. ModaPalavra, 9(17), 287-298. https://doi.org/10.5965/1982615x09172016287
Schulenburg, H., et al. (2015). A ergonomia e a hedonomia como conceitos no desenvolvimento de uma interface web. ErgoDesign & HCI, 3(2), 46-52.
Song, Y., & Gao, J. (2020). Does telework stress employees out? A study on working at home and subjective well-being for wage/salary workers. Journal of Happiness Studies, 21, 2649–2668. https://doi.org/10.1007/s10902-019-00196-6
Sternberg, R. J. (2014). Psicologia Cognitiva (A. M. Dalle Luche & R. Galman, Trans.; J. M. Nunes, Rev. técnica). São Paulo: Cengage Learning.
Suh, A., & Lee, J. (2017). Understanding teleworkers’ technostress and its influence on job satisfaction. Internet Research, 27(1), 140-159. https://doi.org/10.1108/IntR-06-2015-0181
Tavares, A. I. (2017). Telework and health effects review. International Journal of Healthcare, 3(2), 30-36. https://doi.org/10.5430/ijh.v3n2p30
Tonetto, L. M., & Xavier da Costa, F. C. (2011). Design Emocional: Conceitos, abordagens e perspectivas de pesquisa. Strategic Design Research Journal, 4(3), 132-140. https://doi.org/10.4013/sdrj.2011.43.04
Vicente-Herrero, M. T., et al. (2018). El teletrabajo en salud laboral: Aspectos médico-legales y laborales. Revista CES Derecho, 9(2), 287-297. https://doi.org/10.21615/cesder.9.2.6
Werth, A. J., & Babski-Reeves, K. (2012). Assessing posture while typing on portable computing devices in traditional work environments and at home. Proceedings of the Human Factors and Ergonomics Society Annual Meeting, 56(1), 1258-1262. https://doi.org/10.1177/1071181312561223
