Revista Ação Ergonômica
https://revistaacaoergonomica.org/article/doi/10.4322/rae.v17n2.e202317
Revista Ação Ergonômica
Research Article

SÍNDROME DE BURNOUT EM MÉDICOS INTENSIVISTAS QUE ATUARAM NA UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO (UTI) NO PERÍODO DA COVID-19

BURNOUT SYNDROME IN INTENSIVE CARE DOCTORS WHO WORKED IN THE INTENSIVE CARE UNIT (ICU) DURING THE COVID-19 PERIOD

SÍNDROME DE BURNOUT EN MÉDICOS INTENSIVISTAS QUE TRABAJARON EN LA UNIDAD DE CUIDADOS INTENSIVOS (UTI) DURANTE EL PERIODO COVID-19

Márcio Alves Marçal, Rayane de Araujo Oliveira, Cláudia Ferreira Mazzoni, Guilherme Henrique M. Amaral, Elaine da Silva Abreu, Fernanda Oliveira Petry, Eduarda Rodrigues de S. Soares

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Resumo

A Síndrome de Burnout (SB) surge quando o estresse ocupacional se torna crônico, com progressão de exaustão emocional, despersonalização e baixa realização profissional. Na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a exaustão é algo comum por ser um ambiente estressante e desgastante, local onde um grande número de médicos intensivistas frequentaram durante a pandemia da Covid-19. Este estudo tem como objetivo avaliar a prevalência da SB e seus fatores de risco ocupacionais relacionados ao trabalho de médicos intensivistas, que atuaram no atendimento aos pacientes de um hospital universitário durante o período da Covid-19. Trata-se de um estudo transversal. A coleta de dados foi realizada com 21 médicos, através da aplicação dos questionários Sócio Demográfico e Saúde Ocupacional, de Avaliação dos Riscos Psicossociais e de Maslach Burnout Inventory. Como resultado obteve-se a média de 46,29 horas semanais trabalhadas. A prevalência da SB foi considerada alta (85,7%) sendo que 71,4% apresentaram nível alto de exaustão emocional, 42,8% nível alto de despersonalização e 47,6% nível alto de realização profissional. Ao se relacionar a SB e os fatores de riscos psicossociais, 80% apresentaram alto fator de risco relacionado aos fatores próprios da tarefa, 80% quanto aos aspectos institucionais e 70% quanto aos aspectos pessoais. Concluiu-se que o excesso de tarefas e altas jornadas de trabalho durante a pandemia do Covid-19 influenciou no desgaste físico e mental destes trabalhadores, favorecendo ao surgimento da SB.

Palavras-chave

Síndrome de Burnout, Médicos Intensivistas, Covid-19, Ergonomia.

Abstract

Burnout Syndrome (BS) arises when occupational stress becomes chronic, with progression of emotional exhaustion, depersonalization and low professional fulfillment. In the Intensive Care Unit (ICU), exhaustion is common as it is a stressful and exhausting environment, a place where a large number of intensive care doctors attended during the Covid-19 pandemic. This study aims to evaluate the prevalence of BS and its occupational risk factors related to the work of intensive care physicians, who worked to care for patients at a university hospital during the Covid-19 period. This is a cross-sectional study. Data collection was carried out with 21 doctors, through the application of the Socio-Demographic and Occupational Health, Psychosocial Risk Assessment and Maslach Burnout Inventory questionnaires. As a result, an average of 46.29 hours worked per week was obtained. The prevalence of BS was considered high (85.7%), with 71.4% showing a high level of emotional exhaustion, 42.8% a high level of depersonalization and 47.6% a high level of professional achievement. When relating SB and psychosocial risk factors, 80% presented a high risk factor related to factors specific to the task, 80% regarding institutional aspects and 70% regarding personal aspects. It was concluded that excessive tasks and long working hours during the Covid-19 pandemic influenced the physical and mental exhaustion of these workers, favoring the emergence of BS.

Translated version DOI: https://doi.org/10.4322/rae.v17n2.e202317.en

Keywords

Burnout Syndrome, Intensive Care Doctors, Covid-19, Ergonomics.

Resumen

El Síndrome de Burnout (SB) surge cuando el estrés laboral se vuelve crónico, con progresión de agotamiento emocional, despersonalización y bajo rendimiento profesional. En la Unidad de Cuidados Intensivos (UCI), el agotamiento es común porque es un ambiente estresante y agotador, un lugar donde asistieron una gran cantidad de médicos intensivistas durante la pandemia de Covid-19. Este estudio tiene como objetivo evaluar la prevalencia del SB y sus factores de riesgo ocupacional relacionados con el trabajo de los médicos intensivistas, que trabajaron en la atención de pacientes en un hospital universitario durante el período Covid-19. Se trata de un estudio transversal. La recolección de datos se realizó con 21 médicos, a través de la aplicación de los cuestionarios Sociodemográfico y de Salud Ocupacional, el cuestionario de Evaluación de Riesgos Psicosociales y el Inventario de Burnout de Maslach. Como resultado, se obtuvo un promedio de 46.29 horas semanales trabajadas. La prevalencia de SB se consideró alta (85,7%), con un 71,4% con un alto nivel de agotamiento emocional, un 42,8% con un alto nivel de despersonalización y un 47,6% con un alto nivel de logro profesional. Al relacionarse con el SB y los factores de riesgo psicosocial, el 80% presentó un factor de riesgo alto relacionado con los factores de la tarea, el 80% con los aspectos institucionales y el 70% con los aspectos personales. Se concluyó que el exceso de tareas y las largas jornadas laborales durante la pandemia de Covid-19 influyeron en el agotamiento físico y mental de estos trabajadores, favoreciendo el surgimiento de las BS.

DOI de la versión traducida: https://doi.org/10.4322/rae.v17n2.e202317.es

Palabras clave

Síndrome de Burnout, Médicos de Cuidados Intensivos, Covid-19, Ergonomía.

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